“Angola tem tido importantes progressos na luta contra a corrupção com casos concretos de cidadãos julgados e condenados que viram seus bens recuperados a favor do Estado, por força das sentenças ditadas em tribunal e confirmadas pelo competente tribunal de apelação. No que diz respeito à recuperação de activos, tivemos dois casos de sucesso, em que contámos com a atitude bastante responsável e de respeito à nossa soberania por parte das Autoridades do Reino Unido, que devolveram a Angola 2.5 mil milhões de dólares americanos que estavam num Banco em Londres, sendo justo reconhecê-lo publicamente a partir desta tribuna mundial”, disse.
João Lourenço foi além, afirmando que “alguns desses países se arrogam mesmo ao direito de questionar a credibilidade dos nossos tribunais, quase que querendo rever as sentenças emitidas pelos mesmos, como se de órgãos de apelação extra-territoriais se tratassem. Esses activos são propriedade dos nossos Estados já empobrecidos ao longo do período colonial”.
“Vamos por isso continuar a lutar com todas as nossas forças para a recuperação dos activos desviados do erário público e que muita falta fazem para a construção de infra-estruturais escolares, hospitalares, de energia e água, rodoviárias, entre outras”, garantiu.
Representatividade africana
No seu discurso, o Presidente João Lourenço disse, igualmente, que “a República de Angola defende a implementação urgente de reformas que conduzam a uma representatividade mais justa dos países africanos no seio das principais instituições financeiras internacionais, para defendermos a tomada de decisões e a elaboração de políticas que impactam no quotidiano das populações dos países-alvo das mesmas”.
E, utilizando o tema desta 79ª Sessão assegurou que estamos firmemente empenhados em “não deixar ninguém para trás, actuar em conjunto para a promoção da paz, do desenvolvimento sustentável e da dignidade humana para as gerações presentes e futuras.”