Ludmilla utilizou tecnologia de ponta e investimento milionário para o festival da Califórnia.
O último domingo (14) foi um dia histórico para Ludmilla, que subiu ao palco do Coachella para um show que contou com abertura protagonizada por falas de Beyoncé e da deputada federal Erika Hilton, além de ter sido acompanhado e elogiado por Lauryn Hill e YG Marley.
Para que fizesse uma performance daquela dimensão, a artista brasileira fez um investimento milionário que ultrapassou a casa dos R$ 8 milhões, com figurinos que ressaltaram a força da primeira mulher preta latino-americana a se apresentar no palco principal do renomado festival californiano.
Exclusivamente para a revista Marie Claire, o stylist Alexandre Vorgo revelou os valores investidos nos dois looks da cantora, que superaram R$ 500 mil. “A maioria das despesas foram pagas em outras moedas como dólar, euro e iene, então é uma estimativa”, contextualiza ele.
O estilista explicou que Lud – chegando a usar um colete à prova de balas estilizado em ouro e fabricado por uma impressora 3D – destacou diversos elementos metafóricos, como o cofre que também esteve presente em sua apresentação no The Town em 2023.
“O figurino também é uma metáfora, então ele se conecta tanto com o cofre quanto com o momento da carreira dela, de ser preciosa e de fato a joia rara da música brasileira. Para fazer com uma modelagem exata, a gente precisou escanear o corpo da Ludmilla, desenvolver isso em modelagem e logicamente imprimir e desenvolver uma pintura automobilística”, diz Vorgo.
Buscando ilustrar como a protagonista se blinda diante dos ataques recebidos, o visual foi inspirado em Lara Croft, personagem do jogo Tomb Raider. A peça foi resenvolvida em Nova York pelo diretor criativo que já trabalhou com Beyoncé, Chris Habana.
Acompanhando o segundo ato do show, repleto de funks, o outro look enfatizou uma mensagem de autoestima e valorização.
“Procuramos elementos que tivessem força para a cultura afro-latina estadunidense. Tem uma peça muito forte nesse último momento, que é o durag: é um acessório de cabeça na cultura preta daqui, então tem muito significado. A gente traz a pedra preciosa no durag como uma coroa mesmo para trabalhar esse arquétipo de realeza preta nela”, explica o estilista.
Servindo como prévia da turnê “Ludmilla In The House“, que passará por vinte cidades brasileiras, a performance, criada em cinco meses, é definida como “uma cápsula para tudo, principalmente dessa nova fase da Ludmilla”.